29 de abril de 2020

Resenha Literária #2

Return to the Little Kingdom: Steve Jobs and the Creation of Apple
Autor: Michael Moritz

Boa noite Monstros,

Segunda postagem da série iniciada com minhas resenhas de livros que finalizei a leitura para incentivar/recomendar a leitura dos confrades. Para os colegas que irão queimar algumas moléculas de oxigênio, boa leitura.

A primeira edição do livro é antiga (1984 para ser exato) e foi lançado na crista da onda da primeira fase da Apple. A obra ainda tem sucesso, pois a edição do meu livro é de 2009. Sobre a obra, ela não foi patrocinada, ou seja não houve patrocínio ou colaboração da Apple e/ou de seus fundadores e segundo o autor, a mesmo gerou conflitos. Sobre o autor, repórter especializado no setor de tecnologia que acabou migrando para o venture capital (colaborou com uma das mais renovadas firmas de investimento de risco da atualidade, a Sequoia Capital).

A obra basicamente relata o surgimento da Apple, do zero na garagem dos pais do Jobs e mescla com um pouco da história pessoal dos fundadores Steve Jobs e Steve Wozniak com uma pitada de relatos de quem conviveu com eles e o desenrolar da Apple. Gostei bastante do livro mesmo sendo antigo, saber o surgimento, a decadência e a reviravolta da companhia foi interessante. A edição que escrevo neste post é atualizada com os fatos pós-1985 no qual basicamente  Jobs foi expulso da própria empresa que criara, mas teve sua participação societária diluída após diversas rodadas de aporte de capital de terceiros, o afundamento e quase falência após gestões fracassadas e pela retomada pelo Jobs da companhia em 1997 e seu inacreditável salvamento, que creio que foi o caso de turnaround mais bem-sucedido do mundo, com a criação de produtos até então inimagináveis como o Ipod e claro, o Iphone. Minha edição é atualizada até o Iphone 3 e Jobs ainda vivo, então não sei se o autor escreveu outra edição com os últimos e marcantes fatos.

Minha conclusão, muitos já devem ter lido e assistido as biografias a biografia do sujeito, como empreendedor era genial e incontestável, mas como ser humano era complexo e de difícil convivência. Também sua forte característica era encontrar e motivar as pessoas certas para as funções certas, com demandas sobre-humanas. Ele aproveitou do conhecimento técnico dos outros, tinha uma boa base de conhecimento, mas não chegava perto dos engenheiros e técnicos que participaram da criação do Vale do Silício, acidentalmente começou a produzir computadores de forma completamente amadora, e soube aproveitar do frenesi do setor nos anos 80 e também com um empurrão da sorte (aqui vai um spoiler, Jobs convenceu o Wozniak a entrar num negocio para ganhar uma grana produzindo placas-mãe para uma loja de eletrônicos, o dono disse que só tinha interesse em computadores prontos e em grande quantidade, Jobs saiu de lá com um pedido, um cheque de adiantamento de pagamento sem ter ideia de como construir um computador).

Recomendo a leitura e também estou conseguindo ler livros em inglês, que alem de forçar  o aprendizado, aumenta exponencialmente a quantidade de títulos disponíveis.

Abraço
Monster

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Retorno do Monster

Prezados leitores, Após uma parada não programada nas divulgações, por puro descaso com os leitores, pretendo reiniciar as postagens, desde ...